Alvito

Núcleo Museológico de Alvito

Futuro Núcleo Museológico
O Município de Alvito está a preparar a instalação de um núcleo museológico que ficará localizado na antiga escola do adro, junto à igreja matriz de Alvito. Terá expostas as principais peças arqueológicas do riquíssimo espólio existente no Concelho de Alvito. Este núcleo museológico reunirá assim um valioso espólio arqueológico, não só em quantidade, mas sobretudo em qualidade.


 
Património Arqueológico

Imposta decorada
O património arqueológico do concelho é muito vasto, registando-se a existência, até ao momento, de cerca de 200 locais de interesse arqueológico. A maior percentagem dos sítios identificados remonta à época romana, sendo de notar a existência de um povoado de dimensões consideráveis, eventualmente a civitas Mirietanorum registada numa inscrição funerária de Vila Nova da Baronia, datada da fase final da ocupação romana do território, ou seja, finais do século IV, inícios do século V. O município de Alvito é um dos que regista, a nível nacional, uma das maiores taxas de ocupação do seu território por uillae romanas. Até ao presente, foram identificadas 13 uillae, existindo a hipótese do seu número poder aumentar. Sabe-se inclusivamente, que uma dessas uillae, mais precisamente a designada por São Bartolomeu 1, poderá ter estado na origem de um povoado denominado Mugia d’Arem, o qual viria a estar na origem de Vila Nova da Baronia.


Utensílios Agrícolas da Associação do Grupo de Canto Coral Alentejano de Alvito

Ceifões
A “Associação do Grupo de Canto Coral Alentejano de Alvito”, surgiu espontaneamente após a revolução do 25 de Abril. Alguns homens de Alvito começaram a juntar-se nas tabernas como já era costume, não só para beber uns copos e conviverem uns com os outros, mas também para cantarem umas ”modas alentejanas”.
Foi devido a esses ”convívios” que um grupo de homens se juntou e decidiu formar um grupo coral . Assim nasceu a “Associação do Grupo de Cante Coral Alentejano de Alvito” a 10 de Maio de 1976, sendo a sua primeira sede a Casa do Povo de Alvito, ensaiando habitualmente no Castelo. Alguns dos fundadores infelizmente já faleceram, mas há outros que ainda hoje têm uma voz muito ativa dentro do grupo.
Corna
Atualmente o grupo tem a sede numas instalações cedidas pela Câmara Municipal de Alvito em 1988, que se situa na Rua da Pereira n.º 6. A “Associação do Grupo de Cante Coral Alentejano de Alvito” hoje em dia é composta por vinte homens e três mulheres, que são frequentemente solicitados para atuarem em encontros de Grupos Corais, festas de Câmaras, Ovibeja, etc.. Nas suas actuações usam a tradicional farda “Domingueira” que se usava antigamente.
Atualmente o Grupo Coral todas as Sextas Feiras se reúne na sua sede para ensaiar as suas “modas”. Nesse local existe um notável conjunto de antigos utensílios agrícolas apresentados nas páginas que se seguem, sede essa que tem um museu etnográfico digno de se ver, cujo espólio se apresenta aqui.
Lancheira
O nosso património é algo imensurável, que mesmo catalogado, apenas com uma visita “In loco” se consegue ter uma ideia e melhor imaginar ou figurar as funções de cada um dos instrumentos agrícolas, outrora importantes, mas nos presentes tempos apenas registos de algumas memórias. A visita à sede deste grupo e a real perceção de cada um dos artefactos agrícolas e suas funções, poderá ser melhor explicada por quem com eles trabalhou e quem os sentiu, pelo que uma marcação antecipada de uma visita, é aconselhável. Para além do mais, ao visionamento dos artefactos e explicação das suas funções, um petisco regional bem regado e uma atuação informal de um grupo coral, são também possibilidades.

O Cante Alentejano

“Num saudoso sábado de tarde, um daqueles dias de Outono com mania que é Inverno, estava eu entretido a fazer de salsicheiro, quando recebo uma inesquecível visita. Quatro lisboetas, numa época em que os telemóveis ainda não habitavam os nossos bolsos, surgem na planície, imbuídas daquele espírito com que na capital olham a província. Jantámos numa tasquinha: petiscos e vinho novo. Gargalhadas e depois um silêncio. Passaram anos mas recordo como se fosse ontem. O silêncio!
Porque junto da mesa, caminhando num passo muito nosso, um grupo de homens, experimentados pela vida, de rostos fortes, enrugados do esforço da labuta dura, todos como se fossem apenas um, presentearam-nos com o cante alentejano!
Alguém mais dotado que eu consegue por na prosa o encanto daquelas vozes? Como explicar a quem nunca ouviu, como se faz melodia sem instrumentos, poesia sem poema, o sentimento único de aquelas vozes que caminham num só compasso, num mesmo ritmo e única direção!
Dizem-me que o cante das nossas gentes é tão património como edifícios de paredes e pedras, castelos e igrejas. Confesso a minha discordância: sempre achei o cante alentejano mais património do que aquilo que os outros chamam património...” Texto escrito e cedido por Hugo Lança Silva



2 comentários:

  1. Boa tarde
    Quando será a abertura?
    Cumprimentos
    Ines Pinto

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  2. A resposta só poderá ser dada pelo Município de Alvito. Muito obrigado e cumprimentos.

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